Carlos Castilho – O maior goleiro de todos os tempos
As fotos e vídeos mostram um profissional dedicado, sempre compenetrado
durante os jogos e com uma frieza intrigante em seu olhar. Carlos José Castilho
é considerado por muitos o maior ídolo do Fluminense de todos os tempos.
Por Cristiano Vieira
O Fluminense sempre teve em sua tradicional história grandes goleiros
que serviram a Seleção Brasileira, e Castilho foi o maior deles, tendo sido
bicampeão mundial com a camisa canarinho.
Pela Seleção Brasileira conquistou o Campeonato Pan-americano de Futebol
de 1952, a primeira conquista relevante da Seleção Brasileira fora
do Brasil.
Participou ainda de quatro Copas do Mundo: 1950, 1954 e das conquistas de 1958 e 1962, tendo sido titular em 1954.
Participou também da Copa América,
na época chamada de Campeonato Sul-Americano, em 1953 e 1959,
além de diversos torneios e partidas amistosas pela seleção canarinho.
Suas tradicionais camisas cinza e azul com o escudo do Fluminense
imponente na frente se assemelham ao uniforme de um super-herói dos quadrinhos.
E para o Brasil e especialmente para o Fluminense ele o foi.
Jogou no Fluminense de 1947 até 1964, sagrando-se
tricampeão carioca, bicampeão do Torneio Rio-São Paulo, campeão do Torneio Municipal de Futebol do Rio
de Janeiro e vencedor da Mundial Interclubes - Copa Rio, o maior
torneio do Mundo da época.
Ele entrou para a história como um goleiro milagreiro,
fazendo defesas quase impossíveis. Ele dizia ter uma inacreditável boa sorte. Por causa disso,
seu apelido era Leiteria (apelido comum às pessoas que tinham sorte
na época) e os torcedores do Fluminense o chamavam de São Castilho.
Uma das histórias mais incríveis de São Castilho é a da amputação de um
dedo, a seu pedido, a um médico do Fluminense para que voltasse aos campos
rapidamente e não ficasse parado por muito tempo, em 1957.
Preferia jogar sem luvas, mesmo após seu uso ser universalizado.
Era daltônico, e acreditava que várias vezes havia sido favorecido
por ver como vermelhas as bolas amarelas, mas era prejudicado pelas bolas
brancas à noite.
Foi o melhor goleiro tricolor de todos os tempos e o melhor
goleiro da história do Maracanã.
Jogou 697 jogos pelo Fluminense, recorde absoluto
no clube tricolor. Lá sofreu 777 gols e jogou 255 partidas sem sofrê-los.
Depois de parar de jogar, foi técnico de vários times do Brasil, com destaque
para o Santos campeão paulista de 1984.
Em 1987 cometeu suicídio durante uma crise de depressão e nos deixou com
as lembranças e o legado de um verdadeiro Guerreiro Tricolor.
Em 2007, o
Fluminense Football Club inaugurou um busto de Castilho na entrada da sede
social do clube tricolor, como agradecimento pelos serviços prestados,
eternizando de vez o enorme São Castilho.
Um exemplo de paixão e dedicação pelo Fluminense Football Club.
"Suar a camisa, derramar lágrimas e dar o sangue pelo Fluminense,
muitos fizeram. Sacrificar um pedaço do próprio corpo por amor ao tricolor,
somente um: Castilho".
Vídeo do dia da morte de Castilho, com vídeos sobre sua carreira como
jogador e técnico.
Por Cristiano Vieira
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